Conheça Shantala

20 de junho de 2012



As primeiras semanas que se seguem ao nascimento
são como a travessia de um deserto.
Deserto povoado de monstros:
as novas sensações que,
brotadas do interior,
ameaçam o corpo da criança.


Depois do calor no seio materno,
depois do terrível estrangulamento do nascimento,
a enregelada solidão do berço.


A seguir, aparece uma fera,
a fome,
que morde o bebê nas entranhas.


O que enlouquece a pobre criança
não é a crueldade da ferida.
É essa novidade:
a morte do mundo que a rodeia
e que empresta ao monstro
exageradas proporções.
Como acalmar essa angústia?


Nutrir a criança?
Sim.
Mas não só com o leite.
É preciso pegá-la no colo.
É preciso acariciá-la, embalá-la.
E massageá-la.



É necessário conversar com a sua pele,
falar com suas costas
que têm sede e fome,
como sua barriga.


Nos países que preservaram
o profundo sentido das coisas,
as mulheres ainda se recordam disso tudo.
Aprenderam com suas mães
e ensinarão às filhas
essa arte profunda, simples
e muito antiga
que ajuda a criança a aceitar o mundo
e a sorrir para a vida.


Estas palavras lindas e repletas de um profundo significado foram extraídas do livro "Shantala - Massagem para bebês - uma arte tradicional" de Frédérick Leboyer. 
Se você é mãe, será mãe, é tia, é avó, enfim é mulher (detalhe: homens também podem!), baixe o livro clicando em seu nome e presenteie quem você ama com muito carinho. Afinal, expressar amor através do toque respeitoso que acalenta gera auto-confiança e faz com que a criança cresça amando-se, respeitando-se e também ao próximo.  

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