Quer ser tratado como um ser único e especial? Busque a Medicina Oriental

28 de junho de 2012



Ao falar sobre Medicina Oriental, somos forçados a colocar sempre em primeiro lugar a premissa básica deste tipo de terapia: a unicidade da individualidade humana, ou seja, cada um de nós é um ser único e especial.

Através disto podemos tratar cada pessoa como ela mesma, segundo sua situação no momento e características próprias. Este é o fio principal de qualquer tipo de tratamento oriental e que difere substancialmente da metodologia utilizada pela medicina ocidental.

Para os orientais, cada pessoa é um conjunto de circunstâncias sociais, familiares, genéticas, kármicas e energéticas que a tornam diferente de qualquer outra pessoa do mundo. Cada ser humano é um pequeno universo em si mesmo, com suas próprias necessidades e qualidades. Então como podemos tratar 7 bilhões de seres diferentes?

A resposta está na conceituação da medicina oriental, que procura compreender as leis universais e sua operação para podermos então tratar as pessoas. Independente de quem seja ou de que problema tenha, todos estão sujeitos às mesmas leis universais. Apenas o modo como respondem a estas leis é que difere completamente. Ao se conhecer as leis de atuação universais basta analisar minuciosamente a pessoa para se descobrir suas particularidades e oferecer um tratamento compatível com ela. E apenas com ela.

Mas é comum em Acupuntura, por exemplo, que se utilizem determinados tratamentos para pessoas com problemas semelhantes. Isto, à primeira vista, conduz a um tipo de “receita de bolo”, que massifica o tratamento. Realmente, muitos acupuntores fazem justamente uso destas receitas prontas. Mas estas formulações ancestrais ou modernas são apenas o ponto de partida, pois em função disto analisamos a pessoa em questão e alteramos, adaptamos, a fórmula para aquele tipo de pessoa. E mais: adaptamos a receita para aquele momento em particular.

O Taoísmo afirma que tudo no Universo está em constante mutação, sempre alterando seus estados. A cada sessão, devemos analisar o paciente para podermos compreender seu estado NAQUELE MOMENTO e avaliarmos o progresso do tratamento. Isto é muito importante. A medicina oriental não apenas afirma que cada pessoa é diferente de outra como afirma que cada pessoa é diferente em cada momento. Tudo se transforma, tudo muda.

Isto torna a Medicina Oriental uma técnica terapêutica extremamente individualizada, que olha a pessoa como se ela fosse única e observa o seu momento. Com base nisto são prescritos os tratamentos adequados.

Para a Medicina Oriental o que é fundamental é o auto-conhecimento. Quanto você se conhece? Se você é um ser único no Universo, quem pode conhecê-lo melhor do que você mesmo?

À partir da auto-observação podemos começar a perceber como nosso organismo funciona e como ele se comporta. Há algum tempo, quando ainda tentava me conhecer, eu fiz um prato de frango com pimentão que me rendeu uma noite interminável de gases. Não recomendo isto para ninguém. Se perguntar por aí vão dizer que a culpa é do pimentão, que é indigesto. Pois bem. Através da auto-observação e do estabelecimento de uma dieta baseada em meu biotipo particular pude perceber com surpresa que a culpa era do frango! Posso comer pimentão até arrebentar, mesmo à noite, mas a carne de frango me é indigesta. Tenho um amigo que se comer pimentão ficará com o gosto dele na boca por uma semana. Claro, somos diferentes. Mas quem vai saber disto além de nós mesmos?

O auto-conhecimento nos traz a uma outra questão que toca na nossa responsabilidade sobre nossa saúde. Costumamos deixar este encargo nas costas do médico ou de algum remédio “milagroso”, enquanto uma observação atenta de nosso modo de vida irá demonstrar que podemos viver com saúde se respeitarmos quem somos e o que somos. Pois somos únicos. Apenas isto.

Texto extraído do livro "26 Dicas de Saúde da Medicina Oriental" de Gilberto Antônio Silva

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