Outro dia estava tendo um sintoma qualquer (não lembro qual), afinal o corpo está quase sempre "conversando" conosco através dos sintomas, não é mesmo?! Mas, enfim ao sentir essa dor recorri ao seu significado metafísico. Pois, aprendi que quando identificamos a causa do problema, as chances de resolvê-lo aumentam e muito, tendo como consequência a diminuição ou até mesmo a eliminação da dor.
Hoje em dia aceita-se que todas as doenças tem sua origem nas emoções. Sendo assim, desde um simples resfriado até um câncer tem seu significado associado às emoções, pensamentos e consequentes comportamentos.
Nem tudo que o corpo expressa é necessariamente através de uma doença. Pelo menos de acordo com a acepção etimológica da palavra doença, que vem do Latim DOLENTIA, "ato de sentir dor", de DOLERE, "sofrer, sentir dor".
Por isso, para mim alguns conceitos metafísicos são curiosos. Como o de magreza e o de gordura localizada. De acordo com algumas literaturas especializadas em psicossomática, esses conceitos significam:
Magreza
{Sentir-se desamparado}
Metafisicamente, as pessoas magras ultrapassam, todos os seus limites em prol das realizações. Vivem em função de alcançarem resultados promissores de sua atuação na realidade. Quando solicitadas a colaborar com alguma atividade, sentem-se compromissadas a participar. São responsáveis e buscam alcançar o máximo de eficiência.
Não possuem boa consideração de si próprias e ficam constrangidas com a presença de alguém quando estão realizando alguma atividade. Dependem da aprovação dos outros, por isso não se desembaraçam para agir livremente nas atividades. Buscam fora aquilo que não reconhecem existir em si mesmas.
Raramente conseguem concretizar os objetivos. Quando o fazem, é porque insistiram muito, tiveram de exagerar nas ações para alcançar poucos resultados. Quando são desafiadas ou mesmo indagadas, não sabem posicionar-se em sua própria defesa. Tendem a se colocar na condição de vítimas, esperando que os outros se mobilizem em seu auxílio e se o fizerem, reforçam ainda mais sua fragilidade e insegurança.
Têm dificuldade de interagir com o meio, principalmente com as pessoas. Sentem-se inferiores, inadequadas, e fogem disso dedicando-se exageradamente às atividades. Procuram realizar feitos grandiosos, para que suas obras as promovam, resgatando sua dignidade e conquistando o respeito de todos que as rodeiam.
Querem sempre mais do que são capazes de alcançar. Agem de maneira ansiosa, comprometendo seus afazeres. Fazem tudo ao mesmo tempo, comprometendo a qualidade de suas ações.
As pessoas que estão abaixo do peso precisam acreditar mais em si mesmas, considerar sua capacidade realizadora, executar suas obras objetivando os bons resultados, e não precisam provar aos outros que são eficientes para angariar consideração e respeito.
A reformulação interior, além de proporcionar bem-estar, também colabora para solidificar os empreendimentos, favorecendo os resultados concretos obtidos por meio de nossas ações.
Gordura localizada
{Impulsos contidos e anseios camuflados}
Dependendo do padrão fisiológico de armazenar gordura em excesso, é possível distinguir dois tipos básicos de pessoas que estão acima do peso, as quais recebem a denominação de “maçãs” ou “pêras”. As primeiras são as que têm gordura localizada no abdome (barriga). Para aquelas cujo excesso de gordura está localizado na região inferior do corpo (quadris e coxas) atribui-se o nome de “pêras”. Esses estereótipos se referem aos dois tipos mais comuns de reservas das células gordurosas.
No âmbito metafísico, gordura localizada na região abdominal ocorre em pessoas que apresentam dificuldade para manifestar suas vontades, bem como realizar os mais caros desejos. São resignadas quanto à expressão dos próprios conteúdos. Não se sentem no direito de saciar seus ímpetos.
São pessoas que sempre se empolgaram muito com aquilo de que gostavam; eram entusiastas e ficavam extremamente radiantes quando podiam realizar suas vontades. Com o passar do tempo, surgiram outras necessidades; a vida exigiu novas posturas. As responsabilidades forçavam o amadurecimento. Por exemplo, a impossibilidade de praticar seus hobbies tomou-se um aborrecimento para a pessoa.
Geralmente as mudanças vêm acompanhadas de um desinteresse natural por algumas atividades que não condizem com a realidade presente. Caso a pessoa não renove seus desejos, será difícil praticá-los.
A barriga surge exatamente nessa fase da vida, em que o processo de transição desencadeia certos conflitos interiores, gerados pelas frustrações. A pessoa não se dá conta que sua realidade é outra. Insiste em continuar como antes, mantendo os velhos padrões de comportamento.
A verdadeira maturidade vem seguida da abstenção de certos caprichos que não cabem no momento. Isso provoca o recalque de alguns impulsos. A barriga surge como uma espécie de reflexo dos anseios camuflados.
O fato de a pessoa preservar certas vontades não é de todo mau. O que ela não deve é negar a expressão desses impulsos básicos e esperar que os outros aprovem seu jeito de ser, incentivando-a a valorizar seus mais caros desejos.
A criança e o jovem vivem cheios de expectativas, acham-se plenos com os poucos conteúdos que apreenderam.
Consideram-se o máximo, principalmente quando estão praticando o que gostam. Alimentam certo egocentrismo, achando que o mundo e as pessoas giram em tomo deles.
O fato de serem verdadeiros para consigo mesmos é algo fundamental para o bem-estar físico e emocional. Não sabotar sua natureza para adapta-se à realidade é a melhor maneira de se relacionar com o meio, cultivando a própria condição interior.
Ainda que ninguém aprove seu jeito, ele deve ser soberano para você, digno de ser praticado num momento oportuno.
Reprimir os impulsos pode causar súbita manifestação, tumultuando o ambiente. Ninguém se satisfaz indo à forra, agindo de maneira exagerada. Nada que é forçado dá prazer. A pessoa sai de um extremo da abnegação e vai para o outro, pondo em risco a harmonia. Vale lembrar que, quando você estiver bem, tudo à sua volta irá se estabilizar e a ordem irá reinar em sua vida.
A barriga surge na fase em que a pessoa está sufocando suas reais aspirações em nome de algo que está vivenciando intensamente.
Definições extraídas do livro "Metafísica da Saúde - Vol. 3" de Valcapelli & Gasparetto
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