Coluna vertebral: cuide bem dessa estrutura

18 de junho de 2012

O esqueleto e os ossos representam nossa estrutura, nossa arquitetura interior. Cada vez que sofremos dos ossos, isso significa que o sofrimento está nas nossas estruturas interiores, nas nossas crenças quanto à vida. A maior parte dessas estruturas é não-consciente. São os nossos arquétipos mais profundos, sobre os quais nos apoiamos inconsciente e permanentemente no nosso cotidiano, na nossa relação com a vida. As grandes crenças dos povos (histórias, culturas, costumes, religiões) fazem parte desses arquétipos, como também as questões mais pessoais como o racismo, a ética, o sentido da honra, da justiça, as perversões ou os medos viscerais. Os ossos são o que há de mais profundo no nosso corpo. É em torno deles
que tudo é construído, é sobre eles que tudo repousa, se apóia. São também o que há de mais duro, rígido e sólido dentro de nós. É neles que está abrigada a (substantificada?) medula óssea, essa "pedra Filosofal interior" onde acontece a mais secreta alquimia humana. Logo, eles representam o que existe de mais profundo dentro de nós, na nossa psicologia não-consciente; eles são a arquitetura desta última. "Os ossos são aqueles sobre os quais e ao seu redor é construída e repousa nossa relação com a vida." Quando nos encontramos profundamente perturbados, atingidos, transtornados no que diz respeito às nossas crenças profundas, de base, em relação à vida, àquilo que nós acreditamos que ela é ou deve ser, nossa estrutura óssea o expressará através de um sofrimento ou de um dissabor. É por essa razão que, por exemplo, o fenômeno da osteoporose se desenvolve particularmente em algumas mulheres, porém não em todas, depois da menopausa. Ela se desenvolve na proporção que a mulher vive a menopausa como uma perda da identidade feminina, pois a imagem padrão profunda da mulher ainda se resume em ser aquela capaz de procriar. Aliás, esse foi mesmo o seu único "papel" social durante muito tempo. As mulheres estéreis ou que estavam na menopausa eram, na verdade, vistas pela coletividade ou pela família como inúteis, improdutivas, a ponto de, na maioria das vezes, serem repudiadas pelo marido. 

São raros os prejuízos causados à estrutura óssea e eles têm, de preferência, uma tendência a se localizar em lugares precisos do corpo (perna, braço, cabeça, punho etc.). Cada vez que isso ocorrer, a significação da mensagem estará diretamente relacionada a este lugar, embora sabendo que o problema ali expresso é profundo, estrutural, ligado a uma crença fundamental que, certa ou errada, está sendo perturbada pela vivência da pessoa.

Algumas curiosidades sobre a coluna vertebral



A coluna é composta de vértebras, sendo que cada uma tem um papel bem preciso. São 5 (3+2) vértebras sacras, 5 vértebras lombares, 12 dorsais e 7 cervicais. Já podemos começar a constatar a lógica da construção do corpo humano. O número 5 é aquele que carrega a simbólica do homem, da horizontalidade, da matéria, da base das coisas (5 Princípios, 5 sentidos, 5 dedos etc.). O número 7 é o que carrega a simbólica da espiritualidade, do divino, do que é elaborado (7 chacras, 7 planetas, 7 cores do arco-íris, 7 notas, 7 braços do "candelabro" judaico etc... Ora, são 5 as vértebras sacras e 5 as lombares que constituem as duas bases da nossa coluna (uma fixa, a "fonte", e a outra móvel, a "base"). As nossas cervicais constituem o nosso pescoço. Elas carregam o que há de mais elaborado em nós, ou seja, nossa cabeça junto com o nosso cérebro. Elas são 7. Enfim, as dorsais, que sustentam o nosso busto, são 12, ou seja, a soma dos dois (5 + 7 = 12, como os 12 signos do zodíaco, as 12 horas do dia, os 12 sais homeopáticos, os 12 apóstolos etc.). A meu ver, é muito difícil de acreditar que isso tenha a ver com o acaso. 


E ainda para completar este post com algumas informações pertinentes, segue uma excelente apresentação sobre desvios na coluna e suas possíveis consequências.

Texto extraído do livro "Diga-me onde dói e eu te direi por quê" de Michael Odoul

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